domingo, 1 de agosto de 2010

Liar Game - "O jogo da mentira"


Geralmente, o que recomendo aqui se encaixa no gênero de josei ou shoujo, mas eu precisava recomendar "Liar Game" porque, céus, é uma história incrível! Se "Liar Game" tivesse um anime, não tenho dúvidas que seria mais popular do que "Death Note". E eu sou uma grande fã de "Death Note".
"Liar Game" encaixaria-se mais como "seinen", embora algumas pessoas, erroneamente, associem "seinens" a obras com um conteúdo mais obsceno e violento do que os seinens. É verdade que alguns seinens possuem essas características, mas o que define o que é um seinen é a maturidade da obra e seu tipo de temática. "Liar Game" é uma história mais adulta, pois sua elaboração é muito mais complexa do que a dos shonens, porque seus personagens são inegavelmente mais realistas e porque possui uma temática urbana, que usa apenas as pessoas para construir uma situação de caos, diferente de shonens que geralmente apelam para a fantasia para construírem seu roteiro. Eu simplesmente AMO esse mangá e fico pensando no tempo e na paciência que o autor deve ter investido para fazer uma história tão detalhada e bem construída. Ele é um gênio e pode ser comparado a seu personagem principal: Akiyama.
" Liar Game" conta a história de Naoki, uma garota extremamente(!) ingênua, que facilmente é enganada e que sempre procura agir de forma correta, o que a leva a parecer ainda mais tonta. Que terrível destino que logo ela, tão ingênua e inocente, abrisse uma mala com um milhão de ienes, assim, concordando acidentalmente em participar de um jogo denominado "Liar Game", ou seja, "O jogo da mentira" ou "O jogo dos mentirosos". Ao ler a carta que acompanha a mala, ela descobre que incidentalmente ela concordou em participar do jogo, e que se ela decidir desistir terá que pagar uma multa correspondente a metade do valor recebido, além de ter que devolver o dinheiro. Como ela não tinha dinheiro para desistir - mesmo porque ela tem um pai doente para cuidar -, ela se vê forçada a participar. O primeiro desafio constitui-se em evitar que seu dinheiro seja roubado por uma pessoa que também está participando do jogo, e, se possível, roubar o dele. Ela, como a pessoa honesta que é, nem sequer pensa em roubar o do seu adversário, mas encontra-se muito preocupada com a possibilidade que roubem o dinheiro dela, já que ela teria que devolver o dinheiro, quer estivesse com ele ou não, no final do jogo. E se não estivesse, a agência deixava claro que usaria QUALQUER método para pegá-lo, de volta. Ela tranquiliza-se ao descobrir que seu adversário é seu professor do fundamental e vai até ele, para conversar sobre os acontecimentos. Ele lhe explica que, na verdade, esse jogo é apenas uma fachada para a agência roubar o dinheiro deles. Ou seja, se eles não se conhecessem, a agência iria roubá-los aos poucos, enquanto eles pensariam que havia sido o seu rival, e no fim, quando os dois estivessem sem dinheiro, a agência os cobraria com a multa, como se eles tivessem perdido o jogo. Naoki fica impressionada com essa explicação e admira-se como quase foi enganada. Os dois conversam e decidem guardar juntos, seu dinheiro, em um banco. Naoki entrega seu dinheiro a seu professor, para que ele faça isso. O problema é que, sim, ela estava sendo enganada, mas não pela agência e sim, por seu professor. Ao descobrir isso, ela fica arrasada e vai conversar com um advogado para saber se há alguma maneira de considerar isto como ilegal, mas ele afirma que se o jogo é consensual, não há quebra de nenhuma lei, mas que há outra maneira dela resolver seus problemas: no dia seguinte, um grande golpista, considerado um gênio, chamado Akiyama Shinichi seria solto da cadeia e se ela convencesse-o a ajudá-la, conseguiria certamente recuperar seu dinheiro.
Ela vai até ele, mas Akiyama não está interessado, afinal, ele acabou de sair da cadeia! Ela insiste muito e ele acaba convencido por ela, quando percebe o quanto ela é realmente ingênua - as outras razões são explicadas no decorrer da história. Akiyama é direto:
- Você quer continuar no jogo?
Naoki diz que não. Ela quer livrar-se daquilo e pronto. Ele, então, a promete não apenas recuperar seu dinheiro, mas roubar todo o dinheiro de seu oponente. Assim, eles poderiam pagar a taxa cobrada pela agência facilmente, e ainda ficariam com um milhão, como adicional, valor que dividiriam entre os dois. Ela não acredita muito em Akiyama, no início, mas com o tempo ele lhe dá provas de sua inconstestável inteligência. Inicia-se aí, essa parceria dinâmica, que chega a parecer estranha já que envolve pessoas tão opostas, mas que prova funcionar, em meio ao desafio, cada vez mais difícil.
"Liar Game" é uma história envolvente e EXTREMAMENTE inteligente, com personagens cativantes e um roteiro que nos prende. O início de cada prova enche-nos de ansiedade e estamos sempre nos perguntando como diabos o Akiyama resolverá o problema. O mais impressionante é que ele resolve. Há um pouco de tudo em "Liar Game", o que também o coloca na posição das minhas GRANDES recomendações, e não uma obra apenas para passar o tempo ou para dar alguns sorrisos. Há romance - embora MUITO indireto -, drama, suspense, até certo ponto, o que considerariamos ação, e há pequenas, mas suficientes, doses de comédia, provocadas principalmente pela Nao.
Há um live-action de "Liar Game", mas realmente não o recomendo. Não recomendo mesmo(!). A atuação dos atores é péssima - tirando a do Akiyama que é razoável -, os cenários são mal-feitos, a trilha sonora é péssima, e a história mudou diversas(e importantes) coisas do mangá. Por exemplo, no mangá, em algumas provas, funcionários da agência ficam com os jogadores em um ambiente isolado, lhes apresentando as regras básicas do jogo e calando-se após isso. No "live-action" eles interferem excessivamente, chegando a roubar algumas falas do próprio Akiyama! Isso, sem contar, que eles tiraram as máscaras desses agentes - o que tira certo encanto da história - e ainda por cima, fizeram um pequeno drama familiar clichê entre um deles e o chefe do jogo para justificar a presença da Nao nele, o que ainda não foi justificado pelo mangá. Enfim, o bom do mangá são os mistérios que o "live-action" tenta tirar. O que mais me irritou, no entanto, foi a troca de um personagem que deveria ser um travesti, por um hétero esquisito. Eu tive vontade de parar de assistir toda vez que via a cara dele.
Leiam o MANGÁ. Sério. É empolgante.

PS: Eu possuo uma paixão secreta pelo Akiyama, pois a inteligência dele é sexy demais.
PS2: Se você for uma pessoa um tanto mais madura, vai perceber, no decorrer da história, que a Nao não é TÃO tonta assim.

2 comentários:

  1. Nhaaaaaaay!!!

    Adorei o seu blog!! Eu também amo manags em geral dsconhecidos pela maioria da população ocidental, que fizeram parte da minha infância e juventude!!!!

    Por isso, gostaria que vc assinasse a petição para trazer pro Brasil um manga que amo muito chamado Charming!!! Está no blog que fiz!!!

    http://www.charming-online.blogspot.com

    Sucesso ;D
    =******

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  2. Essa história é interessante, vou ver se consigo!*.*

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